O Instituto Espanhol de Investigação Água e Saúde, publicou um boletim científico sobre os benefícios das águas minerais segundo a sua composição, coordenado pelo Prof. Dr. Jesus Román da Universidade Complutense de Madrid. Este boletim compila as evidências científicas disponíveis sobre os efeitos benéficos das águas minerais em patologias como diabetes, hipertensão, colesterolemia, ou ainda na capacidade antioxidante deste alimento e o seu papel nos aportes de cálcio e ferro entre outros.
A água é um recurso natural indispensável para a vida e um nutriente essencial que devemos ingerir na nossa alimentação diária. A ingestão insuficiente de água afectará o desempenho físico e psicológico pois todos os sistemas do corpo humano, das células e tecidos aos órgãos vitais, dependem da água para o seu bom funcionamento.
A sobrevivência e o correcto funcionamento do corpo humano dependem de uma hidratação adequada. De facto, a água é o principal elemento do corpo, representando entre 50% e 70% do peso corporal (a quantidade exacta varia de pessoa para pessoa, consoante a idade e o sexo).
O documento publicado pelo Instituto Espanhol de Investigação apresenta as seguintes conclusões:
1. A ingestão de águas minerais engarrafadas por parte das populações apresenta significativas vantagens para o bem-estar e a saúde dos consumidores.
2. É muito importante que a quantidade e a qualidade da água que bebemos seja adequada a uma correcta hidratação. A água mineral natural é uma garantia dessa qualidade pois trata-se de um produto alimentar caracterizado pela sua pureza original, não sendo necessário nenhum tipo de tratamento de desinfecção.
3. As águas minerais naturais apresentam uma composição em minerais que se mantém constante ao longo do tempo. A diversidade de águas e de composições minerais, permite ao consumidor adequar a sua escolha da água à sua necessidade.
4. As águas de fraca mineralização ou de muito fraca mineralização, têm um efeito diurético, sendo por isso mais indicadas para prevenir e combater cálculos renais, para prevenir a hipertensão ou ainda especialmente recomendadas na infância nomeadamente para a preparação de biberões ou na alimentação infantil.
5. As águas de mineralização média, têm efeitos semelhantes às águas de fraca ou muito fraca mineralização mas a sua acção diurética é inversamente proporcional ao seu conteúdo em resíduos secos.
6. As águas fortemente mineralizadas proporcionam um aporte elevado em cálcio e magnésio contribuindo para o fortalecimento dos ossos e dos dentes. São recomendadas para mulheres grávidas, crianças e idosos. Ajudam também a prevenir a osteoporose, no caso do magnésio têm propriedades laxantes.
7. O consumo de águas minerais engarrafadas pode beneficiar diferentes parâmetros fisiológicos, para além de contribuir e estabilizar outros parâmetros relacionados com a tensão arterial e com o perfil lípidico do sangue. De facto, alguns estudos descreveram um efeito positivo de certas águas minerais no controlo da hipertensão e na colesterolemia.
8. As águas ricas em cálcio são especialmente indicadas em caso de necessidade de dieta rica neste mineral pois está comprovado que, em certos casos, a mera ingestão de água pode levar a cobrir os objectivos nutricionais em cálcio e em magnésio. Estes tipos de águas são particularmente importantes para pessoas que por diferentes razões não sejam consumidoras de produtos lácteos.
9. A capacidade antioxidante das águas minerais tem sido abordada em vários estudos que destacam a acção das águas bicarbonadas ou alcaninas na protecção contra o stress oxidativo. Estudos preliminares sobre a capacidade antioxidante das águas minerais naturais mostram resultados muito promissores sobre a relação existente entre espécies reactivas de oxigénio e o efeito em certas patologias. Para mais informação sobre este assunto, queira por favor consultar o documento completo.
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