MERCADO DAS ÁGUAS ENGARRAFADAS
Em Portugal o consumo de água engarrafada é quase totalmente constituído por Água Mineral Natural ou Água de Nascente engarrafada. É um consumo de águas 100 por cento naturais e portuguesas na sua origem.
Segundo dados da Canadean, o Mercado tem conhecido um crescimento sustentado ao longo dos anos tendo conquistado lugar de destaque no sector das bebidas. Nos os anos de 2011 e 2012 o consumo caiu cerca de 3% em 2011 e 6% em 2012, já no ano de 2013 o mercado cresceu quase 8%.
Em Portugal o consumo de água mineral natural e de água de nascente por habitante em 2013 foi de cerca de 129 litros (2012 = 120 litros) situando-se dentro dos valores de consumo médio na União Europeia, mas abaixo do consumo em países como a Itália (179) e Alemanha (169) e igualando países como a Bélgica (129) e Hungria (128).
O MERCADO DAS BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS (ÁGUAS, BEBIDAS REFRESCANTES E SUMOS)
Se do ponto de vista da produção o mercado das águas engarrafadas é constituído pelos produtos legalmente definidos, do ponto de vista do consumidor (na óptica do marketing), os produtos devem corresponder à satisfação de uma necessidade, não se limitando às definições formais.
Esta duplicidade transporta-nos para o conjunto de produtos com um certo grau de substituição entre si, ou seja, para um mercado alargado de clientes/consumidores que compram/consomem esses produtos que concorrem para a satisfação de determinadas necessidades.
Apesar desta análise incidir sobretudo sobre o mercado das águas engarrafadas não podemos excluir do seu âmbito, o ponto de vista dos consumidores, isto é, a elevada elasticidade da procura com as bebidas refrescantes, os sumos de frutos e néctares.
Os dados disponibilizados pela Canadean, Ldª na categoria das bebidas refrescantes não alcoólicas (soft drinks), inclui as águas engarrafadas, as bebidas refrescantes e os sumos de frutos e néctares.
Focalizando a análise na categoria das bebidas não alcoólicas e comparando o consumo por habitante nos diferentes países da União Europeia verificamos que entre os países considerados, 12 países ultrapassam a barreira dos 200 litros/ano, por habitante.
Destacam-se as performances da Alemanha, Bélgica, Itália e da Áustria com um consumo por habitante superior a 250 litros/ano.
Passando a uma análise mais detalhada no mercado das bebidas não alcoólicas, comparando os “shares” de mercado entre as águas engarrafadas, as bebidas refrescantes e os sumos de frutos e néctares, podemos observar que não há significativas diferenças nessa repartição entre Portugal e a União Europeia, apesar do mercado das águas engarrafadas terem um maior peso relativo no mercado português.
Olhando para a evolução ocorrida, nos últimos cinco anos, verificamos que a Europa decresceu nesse período cerca de 0,2%, com os Sumos de Frutos e Néctares a liderar essa queda (- 2,5%). Já em Portugal esse verificou-se um decréscimo de 0,3%, sendo as águas engarrafadas as únicas a apresentar crescimento no período de cerca de 1,8%.
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