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SDR: Portugal “não pode continuar a enviar 1,5 mil milhões de embalagens por ano para inceneração”
31/05/2023

“O que ontem era importante hoje é urgente: Portugal não pode perder mais tempo, não pode continuar a enviar 1,5 mil milhões de embalagens por ano para inceneração”, defendeu Leonardo Mathias, presidente do SDR Portugal, associação sem fins lucrativos candidata à licença de gestão do futuro Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) de embalagens de bebidas de uso único a criar em Portugal.

Durante a 2ª Conferência SDR Portugal – Economia Circular e Inovação, que se realizou no dia 31 de maio no Museu do Oriente, em Lisboa, o responsável reforçou ainda que “o SDR é a melhor solução para Portugal, pois prioriza a eficiência dos processos e dos recursos, alavancando o papel de cada um dos agentes do setor dos resíduos, mas também a responsabilidade do cidadão comos elementos determinantes na circularidade que se perspetiva instituir”.

O evento contou ainda com o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Polido Pires. O responsável assumiu que o Governo está em falta com os portugueses pelo atraso na publicação do UNILEX, mas manteve a confiança no prazo estipulado para a promulgação do decreto-lei que regulamentará o SDR. Na ocasião o presidente da Associação Europeia dos Sistemas Nacionais de Depósito e Reembolso, Kaupo Karba anunciou que “é expectável que vários países europeus adiram ao SDR nos próximos anos: Roménia e Hungria em 2023; Irlanda em 2024 e Grécia, Chipre, Áustria e Portugal em 2025”.

Recorde-se que a APIAM é associada fundadora (2021) da Associação Circular Drinks, que tem como principal objetivo a gestão da participação na entidade gestora de um Sistema de Depósito e Reembolso de embalagens de bebidas não reutilizáveis (SDR), contribuindo assim para o objetivo da maximização da circularidade dos materiais de embalagem usados.